Skyscraper: Sentimentos Inúteis

09 julho 2013

                                         Skyscraper

                                   Segundo Capitulo : Sentimentos Inúteis.
Ao entrar, encontrei as mesmas pessoas vamos dizer, o grupo dos que tocam, as minas da quinta, sexta, sétima, e oitava série. Eu e Bia, conversávamos de coisas aleatórias, não queria tocar em assuntos tipo, to bem, tá tudo bem enfim. Beatriz morria de amores por dois garotos, Marcelo meu melhor amigo, e Bruno um carinha que ela namorou. Aquilo deu poucas e boas e no final, ela não ficou com ninguém, acho que foi a escolha certa, ou era um ou outro ela não iria conseguir lidar com isso, ou ficar com um e pensar se fez a escolha certa.
Logo depois, ela e ele eram só meus melhores amigos pra mim, o resto era colega. Ah foi um tédio as aulas, eu apenas suspirava e pensava que seis e meia estava próximo. Eu vi os cortes da bia, estavam escritos “ALONE”, como assim? Eu sempre estive sozinha, quando eu entrei naquela escola, eu estava sozinha. Na segunda série, eu estava sozinha. Na terceira, uma garota apareceu, e virou minha amiga, ela se tornou minha melhor amiga, e ela foi embora e continuei sozinha. Na quarta, sozinha. Eu sempre fui zuada por todos, até pelo garoto que eu gostava, eu chorei, desabafei com pessoas que não mereciam. Eu passei noites de tormenta, olhando uma faca ou uma lamina como se aquilo fosse solução. Era triste, era sofredor, meus pais me encaravam como uma “menininha que precisa emagrecer”, cara dês de pequena sempre foi assim. Quando eu era pequena minha mãe não era legal. Ela era bruta, ela não ligava pra mim, pelo menos e o que ela de mostrava. Eu sempre fui apegada ao meu pai, mais isso de um modo foi ruim por que agora ele acha que eu não devo crescer! Nunca!


O Marcelo vivia perguntando se eu estava bem, e respondia sempre a mesma coisa “to normal, não se preocupa comigo”. A penúltima aula era Educação Física, eita caraio, lá vai eu sem fazer nada. Dei um jeito, e fui pro parquinho, Bia, ficou sentada lendo um livro meio que uma casinha onde avia o escorregador, algumas garotas, e outras, estava num meio que num brinquedo, que e pra você se segurar, e se sentaram lá para olhar os garotos da loja de salgados enquanto suspiravam. Eu, bem, fiquei bem no fundo isolada, olhando o nada, as árvores balançarem, como se o vento fosse música para os ouvidos dela. E posso falar a verdade? Eu chorei não se soluçar, não queria nenhum falso fingir que se importava comigo, eu chorei e chorei, mais logo sequei minhas lágrimas, e tentei pensar, que aquilo só era fase. Depois de minutos assim, Bia, veio até mim contando de livro, e que a mina de lá e Patrix, e eu fingia que ouvia até a professora dizer, que a aula acabou. Amém! Queria sair daquela situação, não queria que ela desconfia-se, que eu chorei ou algo assim não tava muito afim, de falar meus sentimentos para alguém aquele dia. Era só eu minha dor, apenas nós duas, uma lutando contra a outra.
Subimos, era aula de inglês. O professor começou a tagarelar mais na verdade, eu nem prestei atenção, estava viajando, num mundo onde ninguém precisava saber, onde só a via, eu e a dor e mais nada. A aula passou-se rápido, guardei meu material e gritei ao Marcelo, se ele iria vir comigo, e sim ele veio. Logo encontrei minha mãe, e viemos conversando, ao chegar em casa ela disse que trouxe, uma sawary preta, mais quem disse quem serviu? Pois é, não subia nas coxas, e olha que era 42. Cara, eu cai em desespero, não pera, eu precisava emagrecer, as minhas calças cabiam na minha mãe, no banho, eu chorei mais e mais, aquilo foi uma humilhação, como pode aquilo? Meu deus, eu preciso de ajuda.
De manhã, meu pai disse que iria sair, ao ele sair bateu uma grande loucura, eu fui até o banheiro, onde coloquei o dedo na guela, e sim saio tudo que avia comido no dia anterior, sabe o que foi aquilo? Pra mim alivio, mais, além disso, dor tristeza, e assim começou um novo vício, vomite tudo que você comer, você vai ficar linda, suas estrias vão desaparecer, as capas de revista vão dizer a mesma coisa, e sua calça, vai ficar justa. Seu corpo vai ficar bonito, e se você se matar, vai se uma defunta magra. Era apenas aquilo que vinha na minha cabeça, além da dor, do desespero, e dos meus novos cortes.
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